22 de maio de 2015

Lucro da Marcopolo cai quase 40% no primeiro trimestre

Desaquecimento da economia brasileira é o principal fator.
Ônibus Marcopolo. Crise econômica brasileira faz com que lucro da empresa caia quase 40%. Fabricante teve de reduzir jornada de trabalho dos empregados. Foto: Adamo Bazani
Ônibus Marcopolo. Crise econômica brasileira faz com que lucro da empresa caia quase 40%. Fabricante teve de reduzir jornada de trabalho dos empregados. Foto: Adamo Bazani

Considerada a maior fabricante de carrocerias de ônibus no Brasil, a Marcopolo teve queda de 37,4% no lucro no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. O lucro líquido foi de R$ 34 milhões.
Enquanto que de janeiro a março do ano passado, a Marcopolo teve resultados positivos de R$ 9,2 milhões, no mesmo período de 2015, houve registro de R$ 19,9 milhões de resultados financeiros negativos.
A fabricante já reduziu a jornada semanal de trabalho para evitar demissões e sente o momento de desaquecimento da economia brasileira que reflete diretamente na renda da população e no nível de investimentos.
Em nota, a Marcopolo destaca o baixo desempenho dos ônibus rodoviários e dos miniônibus da marca Volare, pertencente à empresa.
“O resultado foi afetado pela menor receita nos segmentos de rodoviários e Volares no mercado interno, que recuaram 24,1 por cento e 58,1 por cento, respectivamente”.
A empresa também admite programar para mais tarde investimentos.
“A Marcopolo vem buscando se adaptar a esse cenário adotando férias coletivas, flexibilização da jornada de trabalho, postergação de investimentos, redução de custo fixo e melhorias na eficiência operacional”.
A receita líquida caiu 11,5% no primeiro trimestre deste ano em relação ao período do ano passado, somando R$ 656,8 milhões. O desempenho no mercado interno foi fundamental para o resultado. No Brasil, as receitas caíram 32,2%. As receitas de exportação, no entanto, com a alta do dólar e o melhor cenário econômico dos outros países, subiram 40,9%. No entanto, em número de unidades, o total exportado é menor que o produzido para o mercado interno.
O Ebitda (sigla em inglês para designar o lucro antes de contabilizados juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 12% de janeiro a março deste ano, somando R$ 65,8 milhões.

Fonte: Ônibus Brasil

20 de maio de 2015

Marcopolo fortalece presença no Paraguai

Empresa brasileira vai fornecer cem carrocerias modelo Torino para operadores em programa de renovação de frota.

Ônibus da atual geração do Torino. Marcopolo vai comercializar cem unidades para diferentes operadores do Paraguai
Ônibus da atual geração do Torino. Marcopolo vai comercializar cem unidades para diferentes operadores do Paraguai.

A Marcopolo anunciou a venda de cem ônibus modelo Torino, da mais recente geração, para os transportes urbanos no Paraguai.
Os veículos fazem parte do programa de renovação de frota exigido pelo governo local e serão operados por diferentes empresas. Todos os chassis são Mercedes-Benz OF 1722 – Euro III. O Paraguai segue as normas internacionais mais antigas de restrição à poluição. O Brasil, desde 2012, segue os padrões Euro V, e países da Europa já estão na sexta fase do conjunto normativo.
Os ônibus terão ar-condicionado e serão configurados com duas ou três portas. Entre os operadores que vão receber o New Torino estão Transporte y Turismo Lambaré – TTL (línea 23 y 24), Panchito López (línea 29), Vanguardia S.A.C.I (línea 30), Mcal López SRL (línea 38), e La Chaqueña S.A.T.C (línea 5).
Em nota à imprensa, o diretor de operações comerciais da Marcopolo, Paulo Corso, diz que uma das metas da encarroçadora é aumentar ainda mais a participação no mercado paraguaio.
“Este é a primeira grande venda de ônibus urbanos para o Paraguai, realizada nos últimos anos. O país tem adquirido mais veículos e, no ano passado, foram mais de 80 unidades comercializadas, entre rodoviários e urbanos, como alguns ônibus Viaggio 1050, inclusive para aplicações severas, com trechos em estradas de terra” – disse.
Veículos são encarroçados sobre chassis Mercedes-Benz OF 1722. Configuração é para 47 passageiros sentados.
Veículos são encarroçados sobre chassis Mercedes-Benz OF 1722. Configuração é para 47 passageiros sentados.

De série, o ônibus possui sistema Multiplex, que informa em tempo real eventuais problemas na operação para correção rápida, painel do motorista com tela de funções LCD de 3,5 polegadas e luzes diurnas nos conjuntos óticos para maior segurança no tráfego.
Na nota, a Marcopolo destaca algumas características de configuração para os ônibus:
“Com capacidade para transportar 47 passageiros sentados, o Novo Torino possui maior largura interna, que garante amplo espaço para a circulação; iluminação interna em LEDs e poltronas preferenciais para idosos, gestantes e/ou deficientes. As poltronas City são mais ergonômicas, com novos apoios de cabeça e decoração, e facilitam a movimentação dos passageiros. Outra inovação é o sistema de campainha com acionamento de chamada de parada por botão (sem fio).”

Fonte: Ônibus Brasil

16 de maio de 2015

Porto Alegre publica edital de licitação e abre espaço para empresas menores

Sistema será dividido em seis lotes. É a terceira vez que poder público tenta reorganizar transportes.
Ônibus em Porto Alegre. Prefeitura tenta pela terceira vez licitar os transportes. Novo edital prevê mais lotes. Foto: Erick Dias.
Ônibus em Porto Alegre. Prefeitura tenta pela terceira vez licitar os transportes. Novo edital prevê mais lotes. Foto: Erick Dias.

A prefeitura de Porto Alegre abriu nesta quarta-feira, dia 06 de maio de 2015, o processo de licitação dos transportes municipais por ônibus.
É a terceira vez que o poder público tenta reorganizar a prestação de serviços de mobilidade. As propostas devem ser entregues até o dia 06 de julho.
Diferentemente dos outros modelos, o sistema será dividido em mais lotes operacionais, em seis, o que na prática vai permitir a entrada de empresas menores.
Estes lotes farão parte de quatro bacias, sendo que uma bacia, que não vai ser licitada, sendo operada pela Carris, empresa pública da cidade.
O prazo de concessão é de 20 anos e as empresas vencedoras terão de fazer investimentos para operação dos sistemas de BRT (Bus Rapid Transit), corredores de ônibus com maior velocidade, o que pode alterar valor dos contratos e remuneração.
Os valores dependem de cada bacia:
A ) Bacia Norte/Nordeste:
– Lote 01 – R$ 56.494.462,44
– Lote 02 – R$ 61.121.926,80
B) Bacia Sul
– Lote 03: R$ 74.836.926,93
– Lote 04: R$ 65.599.160,31
C) Bacia Leste/Sudeste
– Lote 05: R$ 51.430.916,02
– Lote 06: R$ 53.573.772,42
D) Operação Pública – Lote Único operado pela Carris que não vai ser licitado.
O principal critério para determinar as empresas vencedoras é o oferecimento da proposta de menor tarifa.
Em nota, a prefeitura de Porto Alegre ainda destaca algumas exigências como ar-condicionado na frota, que deve ser instalado de forma gradativa, e lotação máxima permitida por metro quadrado.
“O novo edital, dividido agora em seis lotes, prevê, para um maior conforto da população, a ampliação gradual de ar-condicionado na frota, para não pesar no preço da tarifa. A exigência do recurso passará do percentual atual de 23% para 100% no prazo máximo de 10 anos, sendo 25% já no primeiro ano, em todos os lotes das bacias. A licitação define ainda como itens de qualificação do serviço a previsão de acessibilidade em toda a frota; a ocupação de, no máximo, quatro pessoas por m², diferente dos seis usuários atuais por m², um aumento projetado de 72 veículos na frota atual de 1.709 ônibus; a criação do Sistema de Qualidade de Serviço, para analisar, através de indicadores de desempenho, o grau de qualidade do atendimento prestado à população, em razão de cumprimento de horários, a partir das reclamações dos usuários, dos índices de avaliação nas vistorias, dos relacionamentos com os passageiros, que podem resultar em penalizações para as empresas exploradoras do serviço, com multas revertidas para a qualificação do sistema; e instalação de GPS em toda a frota, entre outros avanços em relação ao atendimento prestado atualmente na cidade. Será criado, também, um Conselho de Usuários, para acompanhar todo o processo de concessão do sistema.”

14 de maio de 2015

Grupo Volkswagen une definitivamente MAN e Scania

Para isso, criou a divisão Truck & Bus GmbH, um projeto que vinha sendo estudado desde 2006.
Ônibus Scania e MAN. Grupo Volkswagen cria holding Truck & Bus GmbH e une as duas empresas. No entanto, executivos prometem independência entre as marcas.
Ônibus Scania e MAN. Grupo Volkswagen cria holding Truck & Bus GmbH e une as duas empresas. No entanto, executivos prometem independência entre as marcas.

O Grupo Volkswagen anunciou de forma oficial nesta terça-feira, dia 05 de maio de 2015, a criação da divisão Truck & Bus GmbH, que une definitivamente as operações das marcas MAN e Scania, criando uma holding e uma grande unidade mundial de produção e distribuição de ônibus, caminhões e comerciais leves.
O projeto de criação desta divisão vem desde 2006, quando o Grupo Volkswagen assumiu o controle acionário da Scania e da MAN. Nesta época, já tinha a maior parte das empresas.
A Truck & Bus GmbH será comandada por Andreas Renschler, membro do conselho administrativo do Grupo Volkswagen. A presidência do conselho de supervisão será de Martin Winterkorn, hoje CEO da companhia, que em nota à imprensa diz que o objetivo é se tornar líder mundial na produção de veículos pesados.
“A MAN e a Scania são marcas fortes, bem-sucedidas e com boa reputação em todo o mundo. Queremos nos tornar líderes mundiais em caminhões e ônibus e, com nossa força de trabalho, levar esse negócio ao topo da indústria.”
Já Andreas Renschler diz que é importante reunir as fabricantes para atender com agilidade às mais variadas decisões de mercado.
No entanto, ele destaca que as empresas Scania e MAN continuam sendo independentes e competitivas entre elas, dependendo dos modelos.
A Truck & Bus GmbH vai coordenar as operações e integração entre Scania, MAN Latina America (que fabrica ônibus e caminhões, inclusive com a marca Volskwagen) e MAN Truck & Bus AG.
A Volkswagen, que fabrica comerciais leves, também foi incluída na holding, mas continuará mantendo “laços estreitos” com a divisão de veículos de passeio, segundo nota do grupo.

Créditos: Ônibus Brasil

10 de maio de 2015

MONOBLOCO O-362 EXECUTIVO DA CMTC

Licitação do Distrito Federal é novamente contestada na Justiça

Ministério Público classifica como irregular a contratação do advogado Sacha Breckenfeld Reck, que foi consultor jurídico da licitação e representava empresas que disputaram e venceram.
ADAMO BAZANI – CBN – Com informações do Jornal de Brasília
Ônibus da Marechal, em Brasília. Processo de licitação tem indícios de irregularidades, de acordo com Ministério Público. Advogado Sacha Reck, que representava empresas vencedoras das famílias Gulin e Constantino, prestou consultoria de R$ 740 mil, considerada dispensável e sem justificativa pelos promotores. Foto: José Antônio Gama.
Ônibus da Marechal, em Brasília. Processo de licitação tem indícios de irregularidades, de acordo com Ministério Público. Advogado Sacha Reck, que representava empresas vencedoras das famílias Gulin e Constantino, prestou consultoria de R$ 740 mil, considerada dispensável e sem justificativa pelos promotores. Foto: José Antônio Gama.

Imagine um integrante da comissão técnica de um time também atuar auxiliando a arbitragem num mesmo jogo.
É isso que pode ter acontecido, no entendimento do MPDFT – Ministério Público do Distrito Federal, na licitação dos transportes da região que teve início em 2011.
O órgão agora ajuizou uma ação de improbidade administrativa contra o então secretário de transportes, José Walter Vazquez, por entender que o poder público contratou de maneira irregular o advogado especializado na área de transportes Sacha Breckenfeld Reck.
Sacha Reck, que já é réu na ação, tem na carteira de seus clientes vários empresários de ônibus de peso no setor, como as famílias Constantino e Gulin.
Segundo a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social – Prodep, enquanto Sacha recebeu R$ 740 mil de dinheiro publico para prestar consultoria em diversas etapas da licitação, também representava a empresa Marechal, da família Gulin, do Paraná, que foi vencedora da bacia operacional 04, operando hoje nas regiões de Águas Claras, Ceilândia, Guará, Park Way e parte de Taguatinga.
O Ministério Público vê indícios de favorecimento às empresas pela atuação do advogado e que Sacha seria “dispensável” na licitação. Toda sua consultoria, ainda de acordo com os promotores, não teve uma “justificativa legal” já que a Secretaria de Transportes poderia ter recorrido à Procuradoria Geral.
Mas não foi somente uma empresa que teria sido beneficiada, segundo o MPDFT.
O escritório Guilherme Gonçalves & Sacha Reck Advogados Associados, empresa de Sacha, prestou serviços para outras duas viações que participaram da licitação do Distrito Federal e venceram: Pioneira e Piracicabana, ambas ligadas à família de Constantino.
A Pioneira opera a bacia 02 que compreende Gama, Paranoá, Santa Maria, São Sebastião, Candangolândia, Lago Sul, Jardim Botânico, Itapoã e parte do Park Way. A Piracicabana detém o lote 01, abrangendo Brasília, Sobradinho, Planaltina, Cruzeiro, Sobradinho II, Lago Norte, Sudoeste/Octogonal, Varjão e Fercal.
Além de Sacha Reck, são réus na ação o ex-coordenador da Unidade de Gerenciamento do Programa de Transportes Urbanos, José Augusto Pinto Junior, e o presidente da Comissão Especial de Licitação, Galeno Furtado Monte.
Galeano Furtado era na época sócio majoritário da empresa Alambique Cambeba do Brasil Ltda – sediada em Alexânia (GO), enquanto era também presidente da Comissão de Licitação. Isso contraria lei 8.112/1990 que proíbe servidor público de participar de gerência ou administração de sociedade privada.
O Jornal de Brasília entrou em contato na quarta-feira à noite como Sacha. O Blog Ponto de Ônibus tentou também contatar o advogado nesta manhã. Ambos não foram atendidos.

5 de maio de 2015

JSL arrendou ativos financiados pelo BNDES

Fonte: Época
Texto: Felipe Patury
Foto: JC Barboza


Líder nacional em logística, a JSL obteve em 2013 um financiamento do BNDES para comprar 100 ônibus . O empréstimo foi feito pelo Finame Especial, que cobra juros de apenas 4% ao ano. Depois de comprados, os ônibus foram repassados à Itapemirim com juros maiores. Esse tipo de operação é proibido pelas regras do Finame e, segundo um assessor da presidente Dilma Rousseff, implica punição.

A JSL diz que “tem entre suas atividades principais a locação/ arrendamento de veículos” que “são, em alguns casos, adquiridos com recursos do Finame” e que “atua em total respeito às regras e legislações”.